Arco romano da Bobadela:
A importância de Bobadela na época romana deduz-se não apenas do arco que se conserva erguido como dos restos visíveis na povoação e dos vestígios assinalados à sua volta, com particular destaque para a parte já visível daquilo que terá sido um anfiteatro romano que terá sido destruído por um incêndio no século IV. O símbolo mais notável da presença romana é, efetivamente, o arco que se levanta em frente da igreja, perpendicular à frontaria desta. Na base da torre da igreja está uma lápide de granito, com a palavra NEPTVNALE em grandes caracteres, e que pode ter pertencido à inscrição de um templo, ou comemorar as fases de Neptuno. No cunhal direito da fachada encontra-se mal transcrita uma inscrição romana: IULIAE GNE / FLAVINAI / IULIUS / RUFUS / PATRONAE / D. D., que devia ser, segundo o Hubner: Juliae. Cn. F. Lavianae Juluis Rufus Patronae. Na sobre-verga da porta principal foi também transcrita, igualmente mal, outra inscrição: ESPLEDISSIME CIVITATI IVILIA MODISTA FLAMINA, com a data de 1746 e a nota: “Este letreiro se achou na igreja velha”. Reconstituído por Hubner, diria:… SPLENDISSIMAE CIVITATI JULIA MODESTA FLAMINICA. Seria a inscrição consagrada ao génio local da cidade esplendidíssima de que Júlia Modesta era flamínica, encarregada do culto do templo. Uma ara consagrada à deusa Piedade por Júlia Modesta, foi levada daqui para Coja e agora perdida;
Anta de Pinheiro dos Abraços:
Anta do Neolítico, foi descoberta em 1966, com pelo menos 2 períodos de escavações. Fazem parte do espólio encontrado: pontas de setas, facas de silex, machados de pedra polida e fragmentos de cerâmica.