A Casa Museu dona Maria Emília Vasconcelos Cabral
Era a antiga “casa de baixo” do século XVIII e XIX. Pertenceu ao fidalgo Francisco Cabral Metello, o qual a veio a legar ao concelho de Oliveira do Hospital, juntamente com todo o património da família em Oliveira do Hospital e em Lisboa, através da construção de uma fundação com o nome da sua mãe e que dá também nome à casa museu. À mesma família dos Cabral Metello pertenceu também a “casa de cima” da qual se diz ter sido muito mais exuberante, mas que veio, a ser demolida para no local se implantar o que é hoje o Palácio da Justiça. Esta “casa de baixo”, beneficiou de um processo de recuperação estrutural muito abrangente, funcionando como um museu, considerado único em Portugal. Pretende reconstruir a monarquia romântica da nossa sociedade burguesa anterior à implantação da República.
Igreja Paroquial:
Tem como titular a exaltação da Santa Cruz. Originalmente românico-gótica sofreu grandes transformações em meados do século XVIII, 1751, conservando no conjunto, porém, três capelas dos séculos XIII e XVI. A Capela dos Ferreiros, que tem como titular tradicional a Nossa Senhora da Graça, gótica, a Capela de S. Brás e Senhora da Piedade, de 1571, gótica e a Capela da Nossa Senhora da Expectação do século XVIII.
A capela de maior significado histórico incluída no conjunto edificado da Igreja Matriz é, sem dúvida a Capela dos Ferreiros que se encosta ao flanco do Evangelho, entre a de São Brás e a Torre. Tem como titular tradicional Nossa Senhora da Graça, gótica, e pertence à época dos séculos XIII e XIV.
O pequeno retábulo, de particular significado histórico, representa entre dois contrafortes com pináculos, um arco quebrado, de cogulhos no extradorso, incluindo, em relevo, a Virgem com o Menino. Outra Virgem com o Menino da mesma época, século XIV está colocada acima do altar num nicho tosco cavado na própria parede.
No topo oposto da capela estão colocados a par dois túmulos, considerados da melhor escultura tumular do país. São esculturas de estátuas jacentes, do século XIV, uma masculina, vestida de túnica e manto de ordem, segurando a espada com a direita e luvas com a outra, com um cão estendido aos pés. A outra feminina, vestida com grande luxo, também com o cão aos pés. Ambas as arcas assentam em leões de duas épocas e representam as estátuas fúnebres de Domingos Joannes e Domingas de Sabaché, esta senhora de origem francesa com quem o cavaleiro de Oliveira casou em consequência da sua estada como cavaleiro e, segundo se diz, Condestável em França.
Apresentam ainda as tampas fúnebres alguns letreiros insculpidos em escritura
cursiva que se diz terem sido executados a mando do Grão-Mestre de Rodes.
Sobre as duas esculturas encontra-se também uma escultura que constitui o ex-libris da cidade e do próprio concelho e que é a estátua do cavaleiro de oliveira – Domingues Joannes montado no seu cavalo. Existe uma estátua idêntica no Museu Machado de Castro em Coimbra, havendo acesa polémica sobre se a cópia é a que se encontra na Capela dos Ferreiros ou se esta é mesmo o original.
Estátua do Pastor:
É evocativa do Pastor Serrano, foi edificada em homenagem a uma das profissões mais antigas e de maior significado em todo o concelho.